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Saúde mental no trabalho: como diagnosticar riscos e agir preventivamente

Saúde mental no trabalho

Saúde mental no trabalho: por que o tema se tornou estratégico

A saúde mental no trabalho deixou de ser um tema periférico para se tornar uma questão estratégica de gestão, desempenho e responsabilidade organizacional.

Empresas de todos os portes já sentem os impactos do adoecimento psíquico nas equipes — seja por meio do aumento do absenteísmo, do turnover, da queda de produtividade ou do crescimento de passivos trabalhistas.

Mais do que uma pauta de bem-estar, a saúde mental está diretamente relacionada à sustentabilidade do negócio.

Ambientes de trabalho desorganizados, com excesso de pressão, comunicação falha e ausência de escuta tendem a gerar riscos psicossociais que comprometem pessoas e resultados no médio e longo prazo.

O que é saúde mental no trabalho

Saúde mental no trabalho é a condição em que o profissional consegue desempenhar suas atividades de forma equilibrada, mantendo bem-estar emocional, capacidade de concentração, relações saudáveis e senso de propósito, mesmo diante das exigências da rotina corporativa.

Ela não se resume à ausência de transtornos mentais. Envolve fatores como:

  • qualidade das relações interpessoais;
  • organização do trabalho;
  • clareza de papéis e expectativas;
  • carga e ritmo de trabalho adequados;
  • percepção de justiça, reconhecimento e segurança psicológica.

Quando esses elementos falham, surgem os riscos psicossociais.

Principais riscos psicossociais no ambiente de trabalho

Riscos psicossociais são fatores relacionados à forma como o trabalho é organizado, gerido e vivenciado que podem gerar sofrimento psíquico e adoecimento mental.

Entre os mais comuns nas empresas, destacam-se:

Excesso de carga de trabalho

Metas irreais, prazos constantes e jornadas prolongadas criam um estado contínuo de alerta e exaustão.

Falta de clareza e autonomia

Ambiguidade de funções, decisões centralizadas e ausência de participação aumentam ansiedade e insegurança.

Assédio moral e relações tóxicas

Ambientes marcados por medo, humilhação ou comunicação agressiva comprometem profundamente a saúde emocional.

Pressão por desempenho sem suporte

Cobrança por resultados sem recursos adequados ou apoio da liderança gera sensação de incapacidade e culpa.

Falta de reconhecimento

A percepção de esforço não valorizado é um fator recorrente de desmotivação e sofrimento psicológico.

Impactos da negligência com a saúde mental nas empresas

Ignorar os riscos psicossociais não afeta apenas o colaborador individualmente. Os impactos são organizacionais:

  • aumento de afastamentos por transtornos mentais;
  • crescimento do absenteísmo e do presenteísmo;
  • queda de produtividade e qualidade;
  • aumento do turnover;
  • fragilização do clima organizacional;
  • riscos jurídicos e trabalhistas.

Além disso, empresas que não cuidam da saúde mental tendem a perder atratividade como marca empregadora.

Como diagnosticar riscos à saúde mental no trabalho

O diagnóstico é o primeiro passo para qualquer ação preventiva eficaz. Ele permite identificar, mensurar e priorizar riscos antes que se transformem em adoecimento.

Um diagnóstico organizacional bem estruturado envolve:

1. Análise do contexto organizacional

Avaliação da cultura, estilo de liderança, modelo de gestão e práticas internas.

2. Escuta estruturada das equipes

Aplicação de instrumentos que permitam compreender a percepção real dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho.

3. Mapeamento de indicadores críticos

Dados como absenteísmo, afastamentos, rotatividade, conflitos recorrentes e queda de performance são sinais importantes.

4. Avaliação de riscos psicossociais

Identificação objetiva dos fatores que podem comprometer a saúde mental, alinhada às exigências normativas.

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A relação entre saúde mental e a NR-1

Com a atualização da NR-1, as empresas passaram a ter a responsabilidade explícita de avaliar e gerenciar riscos psicossociais dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Isso significa que a saúde mental deixou de ser apenas uma boa prática e passou a integrar o campo da conformidade legal.

Empresas que não se adequam ficam expostas a sanções, autuações e passivos jurídicos.

Como agir preventivamente: boas práticas organizacionais

A prevenção em saúde mental exige ações estruturais, não soluções pontuais.

Algumas diretrizes fundamentais incluem:

  • fortalecimento da liderança com foco em pessoas;
  • revisão de metas e cargas de trabalho;
  • criação de canais de escuta e diálogo;
  • políticas claras de prevenção ao assédio;
  • acompanhamento contínuo de indicadores organizacionais;
  • diagnósticos periódicos e planos de ação.

O papel do diagnóstico especializado

Cada empresa possui uma realidade própria. Por isso, soluções genéricas tendem a falhar.

O diagnóstico especializado permite:

  • compreender a fundo os riscos existentes;
  • priorizar ações com base em dados;
  • estruturar estratégias preventivas eficazes;
  • alinhar saúde mental, desempenho e conformidade legal.

Como a Halo Inteligência em Gestão pode ajudar

A Halo Inteligência em Gestão atua com uma abordagem baseada em dados, escuta qualificada e visão estratégica para apoiar empresas na identificação e gestão de riscos psicossociais.

Por meio de diagnósticos organizacionais estruturados, a Halo auxilia empresas a:

  • compreender os fatores que impactam a saúde mental das equipes;
  • atender às exigências da NR-1;
  • prevenir adoecimentos e afastamentos;
  • fortalecer a gestão e a sustentabilidade do negócio.

👉 Quer entender como está a saúde mental na sua empresa? Fale com a Halo e inicie um diagnóstico organizacional preventivo.

FAQ – Perguntas frequentes

Saúde mental no trabalho é obrigação da empresa?

Sim. Além de uma responsabilidade ética, a legislação exige que riscos psicossociais sejam avaliados e gerenciados.

Burnout é considerado um risco psicossocial?

O burnout é uma consequência possível da exposição prolongada a riscos psicossociais não gerenciados.

Toda empresa precisa fazer diagnóstico?

Empresas de todos os portes podem se beneficiar do diagnóstico, especialmente diante das exigências da NR-1.

Diagnóstico organizacional substitui acompanhamento psicológico?

Não. O diagnóstico identifica riscos organizacionais; o cuidado clínico é complementar e individual.

Autor

  • Evandro Bogo

    Especialista em Transformação Organizacional - Consultor Sênior da Halo Inteligência de Gestão, Evandro Bogo atua há mais de 30 anos com foco em desenvolvimento humano, liderança e cultura organizacional. Com experiência no setor público e privado, integrou gestão financeira, sustentabilidade e saúde mental em soluções práticas e estratégicas. É pós-graduado em Psicologia da Educação (UEMG), com MBA em Gestão Empresarial (FGV) e formações em compliance, integridade corporativa e Empretec (Sebrae).

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1 comentário em “Saúde mental no trabalho: como diagnosticar riscos e agir preventivamente”

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