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Riscos psicossociais: o que são, exemplos práticos e como avaliar nas empresas

Riscos psicossociais

Riscos psicossociais: por que as empresas precisam falar sobre isso agora

Os riscos psicossociais deixaram de ser um tema restrito à área de saúde ou recursos humanos. Hoje, eles ocupam um espaço central nas discussões sobre gestão, produtividade, conformidade legal e sustentabilidade organizacional.

Com a atualização da NR-1, a identificação e a avaliação desses riscos passaram a integrar formalmente o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que ignorá-los não é mais apenas uma falha de gestão — é um risco real para o negócio.

O que são riscos psicossociais

Riscos psicossociais são fatores relacionados à organização do trabalho, às relações profissionais e às condições em que as atividades são realizadas que podem gerar sofrimento psíquico, estresse crônico e adoecimento mental.

Diferentemente dos riscos físicos ou químicos, eles não são visíveis a olho nu, mas se manifestam por meio de comportamentos, indicadores organizacionais e impactos diretos no desempenho das equipes.

Em termos práticos, são riscos que surgem quando há desequilíbrio entre:

  • demandas do trabalho;
  • recursos disponíveis;
  • autonomia;
  • apoio da liderança;
  • reconhecimento;
  • segurança psicológica.

Principais exemplos de riscos psicossociais no ambiente corporativo

Compreender os exemplos é essencial para reconhecer esses riscos no dia a dia da empresa.

Excesso de demandas e pressão constante

Metas inalcançáveis, prazos sucessivos e sobrecarga de tarefas criam um ambiente de estresse contínuo, favorecendo exaustão emocional e queda de desempenho.

Falta de clareza organizacional

Ambiguidade de papéis, mudanças frequentes sem comunicação adequada e ausência de processos claros aumentam insegurança e ansiedade nas equipes.

Liderança autoritária ou ausente

Gestores que atuam por meio do medo, da cobrança excessiva ou, ao contrário, da omissão, contribuem diretamente para o adoecimento psicológico.

Assédio moral e conflitos recorrentes

Humilhações, exposição pública, isolamento profissional e relações interpessoais tóxicas são fatores críticos de risco psicossocial.

Falta de reconhecimento e valorização

A percepção de esforço não reconhecido compromete a motivação, o engajamento e o senso de pertencimento.

Desequilíbrio entre vida pessoal e trabalho

Jornadas prolongadas, disponibilidade constante e invasão do tempo pessoal aumentam o risco de estresse crônico e burnout.

Impactos dos riscos psicossociais para a empresa

Quando não identificados e gerenciados, os riscos psicossociais geram impactos que vão muito além do indivíduo:

  • aumento do absenteísmo e do presenteísmo;
  • afastamentos por transtornos mentais;
  • elevação do turnover;
  • queda de produtividade e qualidade;
  • deterioração do clima organizacional;
  • aumento de conflitos e passivos trabalhistas.

Além disso, empresas que negligenciam esses riscos tendem a perder competitividade e reputação no mercado.

Riscos psicossociais e NR-1: o que a empresa precisa saber

A NR-1 estabelece que todos os riscos ocupacionais devem ser identificados, avaliados e gerenciados. Com a atualização da norma, os riscos psicossociais passaram a ser explicitamente considerados nesse processo.

Isso implica que a empresa deve:

  • reconhecer a existência desses riscos;
  • avaliá-los de forma sistemática;
  • adotar medidas preventivas;
  • acompanhar continuamente sua evolução.

A ausência desse gerenciamento pode resultar em não conformidade legal, além de impactos humanos e financeiros relevantes.

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Como avaliar riscos psicossociais nas empresas

A avaliação de riscos psicossociais exige método, escuta qualificada e análise de dados. Não se trata de percepções isoladas, mas de um processo estruturado.

1. Análise da organização do trabalho

Avaliação de cargas, metas, jornadas, processos e fluxos de decisão.

2. Escuta estruturada dos colaboradores

Aplicação de instrumentos que permitam compreender como as pessoas vivenciam o trabalho no dia a dia.

3. Levantamento de indicadores organizacionais

Análise de dados como absenteísmo, afastamentos, rotatividade, conflitos e desempenho.

4. Identificação e priorização dos riscos

Classificação dos riscos psicossociais conforme gravidade, frequência e impacto.

5. Elaboração de plano de ação

Definição de medidas preventivas, corretivas e de acompanhamento contínuo.

Avaliação não é fiscalização: é prevenção

Um ponto importante é compreender que avaliar riscos psicossociais não significa expor a empresa ou criar instabilidade interna.

Pelo contrário, o processo bem conduzido fortalece a confiança, melhora a gestão e reduz riscos futuros. Empresas maduras utilizam o diagnóstico como ferramenta estratégica de melhoria contínua.

O papel do diagnóstico especializado

Cada organização possui características próprias, culturas distintas e desafios específicos. Por isso, avaliações genéricas tendem a produzir diagnósticos superficiais.

O diagnóstico especializado permite:

  • leitura aprofundada da realidade organizacional;
  • identificação precisa dos riscos prioritários;
  • alinhamento às exigências da NR-1;
  • construção de estratégias sustentáveis de prevenção.

Como a Halo Inteligência em Gestão atua na avaliação de riscos psicossociais

A Halo Inteligência em Gestão atua de forma integrada, combinando dados, escuta organizacional e análise estratégica para apoiar empresas na identificação e gestão de riscos psicossociais.

A atuação da Halo envolve:

  • diagnóstico organizacional estruturado;
  • mapeamento de riscos psicossociais;
  • apoio na adequação à NR-1;
  • construção de planos de ação preventivos e sustentáveis.

👉 Quer entender quais riscos psicossociais estão presentes na sua empresa? Fale com a Halo e inicie um diagnóstico organizacional orientado por dados.

FAQ – Perguntas frequentes riscos psicossociais

Riscos psicossociais são subjetivos?

Embora envolvam percepções, eles podem e devem ser avaliados de forma estruturada, com métodos e indicadores objetivos.

Toda empresa está exposta a riscos psicossociais?

Sim. O que muda é o nível de exposição e a forma como esses riscos são gerenciados.

Avaliar riscos psicossociais é obrigatório?

Com a atualização da NR-1, a avaliação desses riscos passou a integrar as obrigações do gerenciamento de riscos ocupacionais.

Diagnóstico substitui ações de saúde mental?

Não. O diagnóstico orienta as ações; ele é a base para decisões mais eficazes e responsáveis.

Autor

  • Mariane Bogo

    Especialista em Saúde Emocional e Desenvolvimento Humano -
    Psicóloga e consultora da Halo Inteligência de Gestão, Mariane Bogo atua com foco em bem-estar emocional, autoconhecimento e fortalecimento de coletivos. Mestre em Psicologia e Saúde (UFTM) e especialista em Terapia Sistêmica, integra saberes da Psicologia com práticas como Constelação Familiar, Yoga e Vedanta, promovendo ambientes organizacionais mais saudáveis e conscientes.

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1 comentário em “Riscos psicossociais: o que são, exemplos práticos e como avaliar nas empresas”

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