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Como identificar os riscos psicossociais em uma empresa e ficar em conformidade com a atualização da NR-1

    Imagem de uma placa em formato de triângulo com o ponto de exclamação no meio ilustrando o texto Como identificar os riscos psicossociais

    Saber como identificar os riscos psicossociais é uma etapa essencial para empresas que buscam se adequar às exigências da NR-1 e às boas práticas de ESG (ambiental, social e governança). 

    Esses riscos envolvem ameaças que afetam negativamente as pessoas e as relações humanas no ambiente de trabalho e na cadeia de valor da organização.

    Entre os principais exemplos estão a discriminação, o assédio, a desigualdade, as violações de direitos humanos e as práticas que comprometem o bem-estar de colaboradores, parceiros e comunidades. 

    Com a atualização da NR-1, que torna obrigatória a avaliação de riscos psicossociais a partir de 2025, é ainda mais importante que as empresas saibam como identificá-los com precisão e responsabilidade.

    Além de garantir conformidade legal, essa prática contribui para a construção de ambientes mais éticos, seguros e sustentáveis – fatores que impactam diretamente a reputação, a produtividade e a longevidade dos negócios.

    Por que identificar riscos psicossociais é tão importante

    Entender como identificar os riscos psicossociais é essencial para proteger a empresa de prejuízos que vão além do financeiro. 

    Quando não são reconhecidos e tratados, esses riscos podem comprometer seriamente o clima organizacional, gerar passivos jurídicos, afetar a produtividade das equipes e causar danos à reputação da marca.

    Por outro lado, ao identificar e gerenciar esse riscos, a organização fortalece a sua base ética, atende às exigências legais – como a atualização da NR-1 – e gera valor para todos os envolvidos. 

    Entre os principais benefícios dessa prática, destacam-se:

    • Prevenção de danos à imagem e reputação da empresa;
    • Cumprimento de legislações e normas, como a NR-1 e a legislação trabalhista;
    • Promoção de um ambiente de trabalho mais saudável, ético e seguro;
    • Reforço ao compromisso com diversidade, equidade e inclusão;
    • Melhoria no engajamento dos colaboradores e fortalecimento da confiança de investidores, clientes e parceiros.

    Adotar uma postura ativa e estratégica sobre como identificar os riscos psicossociais não é apenas uma medida preventiva — é uma vantagem competitiva no cenário atual.

    Principais tipos de riscos psicossociais nas empresas

    Para saber como identificar os riscos psicossociais de forma eficiente, é preciso primeiro compreender onde eles costumam surgir. 

    Esses riscos podem se manifestar tanto internamente — no ambiente corporativo — quanto externamente, nas relações com a cadeia produtiva, comunidades e demais stakeholders.

    Conhecer os principais tipos de riscos sociais ajuda a direcionar diagnósticos, criar planos de ação e agir de forma preventiva. Veja os mais comuns:

    • Assédio moral ou sexual;
    • Racismo, sexismo e LGBTQIAPN+fobia;
    • Desigualdade salarial e falta de oportunidades equitativas;
    • Ausência de acessibilidade e inclusão;
    • Cultura organizacional tóxica;
    • Carga de trabalho excessiva, pressão desumana por resultados e negligência à saúde mental.

    Ao entender esses pontos críticos, a empresa dá um passo importante rumo à conformidade com a NR-1 e às boas práticas de ESG. 

    Afinal, saber como identificar os riscos sociais começa por enxergar onde eles se escondem — muitas vezes, sob a aparência de “cultura organizacional” ou “modelo de negócio consolidado”.

    Como identificar os riscos na prática

    Saber como identificar os riscos vai muito além de seguir uma lista de checagem. 

    Trata-se de aplicar uma abordagem estruturada, contínua e sensível à realidade da empresa e de seus públicos. 

    É essencial criar mecanismos que revelem tanto os riscos evidentes quanto os mais sutis — especialmente aqueles relacionados a aspectos culturais, comportamentais e relacionais.

    Veja algumas práticas eficazes para identificar riscos sociais com consistência:

    Diagnóstico organizacional: aplicar entrevistas, questionários, escutas qualificadas e grupos focais com colaboradores e stakeholders. 

    Essas ferramentas ajudam a trazer à tona experiências, percepções e problemas que nem sempre aparecem em relatórios formais.

    Análise de clima organizacional: observar indicadores como rotatividade, absenteísmo, afastamentos por saúde mental, conflitos recorrentes e uso dos canais de denúncia pode indicar a presença de riscos sociais não resolvidos.

    Monitoramento de reputação: acompanhar menções em redes sociais, sites de avaliação, imprensa e canais de ouvidoria permite captar sinais de alerta e antecipar crises ligadas a condutas sociais inadequadas.

    Indicadores de diversidade e inclusão: mensurar a representatividade em cargos de liderança, o grau de equidade salarial, a efetividade de programas internos e a existência de barreiras estruturais.

    Ferramentas de compliance e auditoria social: utilizar metodologias específicas para rastrear inconformidades, avaliar riscos reputacionais e identificar pontos cegos na cultura organizacional.

    Dominar como identificar os riscos sociais na prática exige não apenas ferramentas, mas uma mentalidade aberta, ética e comprometida com a melhoria contínua. 

    E, diante da atualização da NR-1, essa postura se torna ainda mais estratégica e necessária.

    O papel da liderança e da cultura organizacional

    Não é possível aprender como identificar os riscos psicossociais de forma eficaz sem o envolvimento direto da liderança e uma cultura organizacional comprometida com a ética, o respeito e a inclusão. 

    A postura da gestão e os valores praticados no dia a dia influenciam diretamente na percepção de segurança psicológica dentro da empresa — e, portanto, na disposição das pessoas em relatar situações de risco.

    A liderança tem papel essencial em:

    • Reconhecer e enfrentar seus próprios vieses e limitações;
    • Garantir um ambiente seguro e acolhedor para denúncias, sugestões e escuta ativa;
    • Estabelecer e reforçar comportamentos éticos e inclusivos em todos os níveis da empresa;
    • Transformar valores organizacionais em atitudes concretas, não apenas em discursos institucionais;
    • Incorporar a gestão de riscos sociais como parte da estratégia de negócios, e não como uma obrigação isolada.

    Uma cultura organizacional que valoriza o respeito às pessoas, a transparência e o desenvolvimento humano é, por si só, um instrumento poderoso para prevenção

    Quando os colaboradores confiam na empresa e se sentem protegidos, é mais fácil identificar e reportar riscos sociais — e agir rapidamente sobre eles.

    Por isso, empresas que desejam entender de fato como identificar os riscos sociais precisam investir na formação de líderes conscientes, capazes de promover ambientes íntegros e de antecipar conflitos antes que eles se tornem crises.

    E depois de identificar os riscos?

    Saber como identificar é apenas o primeiro passo. 

    A partir do momento em que esses riscos são mapeados, é fundamental agir com agilidade, responsabilidade e estratégia para preveni-los, mitigá-los ou eliminá-los.

    Ignorar os sinais pode custar caro — tanto em termos legais quanto de reputação e clima interno.

    Veja o que a empresa deve fazer após identificar os riscos sociais:

    Avaliar a gravidade e a urgência de cada risco, priorizando aqueles com maior impacto potencial sobre pessoas e operações;

    Elaborar planos de ação com metas claras, prazos e responsáveis definidos;

    Promover treinamentos, campanhas de conscientização e ações educativas, especialmente sobre diversidade, respeito, assédio e segurança psicológica;

    Revisar políticas internas, códigos de conduta e processos de compliance, alinhando-os às melhores práticas e à legislação vigente;

    Monitorar indicadores e revisar periodicamente as ações implantadas, ajustando o que for necessário;

    Manter canais de escuta e denúncia acessíveis, eficazes e protegidos contra retaliação;

    Compartilhar avanços com os públicos internos e externos, reforçando o compromisso da organização com um ambiente justo e seguro.

    Transformar o diagnóstico em ação é o que de fato fortalece a cultura organizacional e alinha a empresa às exigências da NR-1 e aos critérios ESG. 

    Quando uma organização domina como identificar os riscos sociais e atua com responsabilidade sobre eles, ela se posiciona não apenas como referência de compliance, mas como agente de transformação.

    Coloque sua organização em conformidade com a NR-1 e fortaleça seu compromisso social

    Com a atualização da NR-1, que exige a avaliação dos riscos psicossociais a partir de 2025, as empresas precisam estar preparadas — e isso começa por entender, de forma prática e estratégica, como identificar os riscos sociais no seu ambiente de atuação.

    Na Halo, apoiamos as empresas de Passos e região, que desejam evoluir em maturidade social, reduzir riscos e construir culturas mais éticas, inclusivas e sustentáveis. 

    Com metodologias personalizadas e uma abordagem sensível e técnica, ajudamos sua empresa a sair do diagnóstico e partir para a ação.

    Quer saber por onde começar? Fale com a gente.

    Estamos prontos para caminhar com você na construção de um ambiente mais seguro, justo e em conformidade com as exigências legais e sociais do nosso tempo.

    Autor

    • Mariane Bogo

      Especialista em Saúde Emocional e Desenvolvimento Humano - Psicóloga e consultora da Halo Inteligência de Gestão, Mariane Bogo atua com foco em bem-estar emocional, autoconhecimento e fortalecimento de coletivos. Mestre em Psicologia e Saúde (UFTM) e especialista em Terapia Sistêmica, integra saberes da Psicologia com práticas como Constelação Familiar, Yoga e Vedanta, promovendo ambientes organizacionais mais saudáveis e conscientes.

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